é longe
o caminho do pasto
a boca do horizonte mira-se na secura
dum sol misterioso e cruel
o instrumento verte apenas uma lágrima
que não atinge os traços da sede
a humidade da modernidade
é parca e rústica
a terra emagreceu
o animal exilou-se
para prados de gordos prantos
Fernando Oliveira
Poema para a obra " Seca e desertificação de, Henrique Tigo
4 comentários:
Receba, Fernando, os meus sinceros cumprimentos pelos teus poemas feitos para as expressivas obras de Armando David e Henrique Tigo.
Cumprimentos extensivos aos dois autores, dos quais eu gostaria de apreciar também outras obras.
Abraço. Miriam
Miriam, obrigado pelo teu comentário, efectivamente trabalhar com os autores da tua arte, abre novas prespectivas para a poesia, estes autores, encontrados nas noites lisboetas, fazem parte duma colecção particular, outros seguirão. isto nada tem a ver com a nossa parceria, que essa, é uma autentica enciclopédia, pictural-poético-bilingue.
obrigado pelo incentivo
abraços
fernando
a boca do horizonte mira-se na secura dum sol misterioso e cruel
Fernando, poesia profunda, afunda pelo horizonte, e vem nascer na boca do coração...BRAVO!!!
Efigênia Coutinho
Efigênia, uma das minhas caracteristicas antigas, é de explorar as artes plásticas para a prática da minha - tua arte - estamos longe dos monges antigos que disponham de miriades de temas para construirem poesia, hoje temos que ser - somos mais ecléticos e o sentido, a beleza estética da poesia, não fica a perder, temos que surpreender os nossos eventuais leitores e, só o podemos fazer, criando e criando, mesmo se aqui ou além podemos esbarrar contra alguns escolhos, que pseudo-elitistas possam por no nosso caminho.
obrigado pela leitura e incitação.
fernando
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